sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Fome de arte.


Estou com fome, mas não é fome do corpo.
Minha alma está sentindo fome e o alimento da minha alma é a arte.
Ultimamente tenho me focado em muitas coisas do dia-a-dia e tenho esquecido do que realmente me faz sentir viva.
Preciso escrever, ler um bom livro, ir a um museu, ir a um bom cinema, ver uma peça de teatro... enfim, preciso de arte.

Há pouco tempo fui à Argentina, na cidade de Buenos Aires, mas fiquei poucos dias. No penúltimo dia vi a variedade de museus e eventos culturais que a cidade tem, mas, infelizmente, não tive tempo pra ir. O único lugar que consegui ir foi o Cemitério da Recoleta, um dos mais famosos do mundo, que por acaso, já havia lido sobre no livro Coisas da Vida, de Martha Medeiros.
Pode-se dizer que o cemitério tem muito mais riqueza artística do que muitos museus que se encontram por aí. Possui uma riqueza arquitetônica fora do comum, uma organização harmoniosa e esculturas belíssimas, dignas de um Louvre.
Como não tive muito tempo para entrar na internet, deixei o netbook ligado e fui passando as fotos do cemitério no orkut, o que causou polêmica na minha família. Algumas pessoas acharam perda de tempo eu visitar um lugar tão macabro, pois não têm essa sensibilidade artística.

Enfim, vou aproveitar esse feriadão para alimentar um pouquinho a alma, pois ela está muito magra e bem fraquinha.
(embora o corpo precise de um pouquinho de dieta.)

sábado, 7 de novembro de 2009

Sexualidade.



Bem, qual é a sua opção, orientação, tendência ou seja lá o que seja sexual?
Ou melhor, você é gay, lésbica, bi, trans ou hetero?
Sinceramente... e daí?

Há um tempo atrás eu estava vendo Queer as Folk, um seriado que retrata a vida de um grupo de amigos gays, entre eles, um casal de lésbicas. Então, parei de ver Queer as Folk e comecei a ver The L Word (atualmente, estou na terceira temporada) e isso causou um pouco de revolta, incômodo, ou sei lá o que no meu namorado.
Entre esses dois seriados, eu assisti as duas temporadas de True Blood (que é completamente hetero) e não ouvi nenhuma reclamação.
Eu não entendo por que as pessoas se sentem tão ameaçadas pela sexualidade dos outros. Confesso que me sinto sim, um pouco atraída por tramas homossexuais ou bi por causa da diversidade, é algo diferente do que eu vivo, mas não me sinto atraída apenas por esse tipo de coisa.

Gosto de arte, gosto de coisas bem feitas, gosto de diversidade e, principalmente, de ver as diferenças sendo aceitas.
Não aceito nenhum tipo de preconceito e nem gosto de "esteriotipizar" as pessoas. Não entendo o porquê de elas terem um nome, ou melhor, um rótulo para definir sua sexualidade, seu estilo, sua etnia ou qualquer tipo de "diversidade" dentro da sociedade.

Sinceramente, sou completamente indiferente a tudo isso. Se uma pessoa é negra, homossexual, deficiente ou estranha (de acordo com o que dizem), eu não percebo nenhuma diferença das pessoas "normais", para mim são todos iguais, com suas diferenças.
Posso dizer com toda a minha sinceridade, discrimino algumas ações das pessoas (ações realmente ruins), mas nunca discrimino quem elas são ou a intimidade delas.

Mas, voltando à sexualidade, isso é a intimidade de cada um. Com quem as pessoas se relacionam afetivamente e/ou sexualmente não me importa nem um pouco, é a liberdade de direito de cada um.

Meus filhos crescerão sabendo que eles têm essa liberdade de escolha e que existe toda essa linda diversidade no mundo. Não, ter mente muito aberta não é uma coisa ruim, só não podemos ter mente aberta para as maldades e outras coisas que prejudicam o próximo.
Apoio o casamento e a adoção sim.

Quanto à minha sexualidade?
Para mim, isso envolve amor e o amor não reconhece sexo, reconhece alma. Então, não possuo opção, orientação, tendência ou o que seja, eu possuo amor e amo a alma de uma pessoa e não o sexo.

Amplie seus horizontes.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dias vazios, dias cheios.


O que realmente define se um dia é vazio ou cheio?
Seria a quantidade exagerada de tarefas e a falta de tempo que tornam um dia cheio?
Seria a falta do que fazer e o tédio que tornam um dia vazio?
Bem, creio que não. Existem dias em que acordamos cedo, estudamos, trabalhamos e chegamos em casa tarde da noite exaustos... Foi um dia cheio? Sim, cheio de tarefas, ocupações, algumas vezes até preocupações... Mas o que você fez de produtivo? O que marcou aquele dia para que você pudesse lembrar dele mais tarde? Nada. É, foi um dia vazio.
Para mim, dias vazios são aqueles que não tem conteúdo nenhum, emoção nenhuma, aprendizado nenhum. Às vezes estamos tão ocupados que não tiramos dez minutinhos para ler um pouco, para rir, fazer algo que realmente te interessa, olha para o céu ou conversar com as pessoas. São dias mortos.
Dias cheios podem ter muita ocupação ou não. Eles não são uma coisa negativa como as pessoas fazem transparecer, são dias que têm algum proveito. Para mim, são dias em que eu aprendo algo diferente, leio pelo menos algumas páginas de um livro ou algum texto interessante, faço carinho nos meus gatos e brinco com minhas cachorras, vejo algo engraçado ou interessante, tenho uma boa conversa com alguém, algo novo acontece, ou simplesmente quando estou bem com o meu amor...
Dias cheios são proveitosos, dias vazios passam despercebidos.
Quero dias cheios sempre!
Infelizmente, muitas pessoas têm apenas dias vazios.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Queimando projetos.


Nunca consigo levar um projeto à frente, não um projeto que exija um compromisso contínuo da minha parte.
Acho que é a sexta ou sétima vez que recomeço esse blog. Se não me engano, fiz ele em 2006. Postei várias coisas, mas o máximo de postagens que consegui fazer foram dezessete, eu acho.
Ok, um blog não exige compromisso nenhum, muito menos um blog pessoal, pois é informal. Mas a culpa é minha, sou perfeccionista e quando algo dá errado, excluo tudo e começo denovo... ou desisto.
Essa coisa de não levar projetos à frente por causa do perfeccionismo exagerado não é um problema muito raro. Vejo milhões de pessoas desistindo porque alguma coisa deu errado.
O importante é nunca desistir.
Eu gosto de escrever, até adoraria trabalhar com isso, ganhar a vida dessa forma, mas acho que o que falta é persistência.
Estou lendo um livro de crônicas (Coisas da Vida) de Martha Medeiros e isso me estimulou um pouco.
Gosto de ler no ônibus. Dá alguma produtividade à minha longa viagem de uma hora toda manhã.
Acho que me tira um pouco da rotina não deixa esse espaço de tempo tão vazio, sempre escutando as mesmas músicas no fone de ouvido.
Enfim, sei que é o mesmo papo de sempre, mas vou tentar não excluir mais meus posts, mesmo que eu os odeie depois.